Acordo Ortográfico



Acentuação gráfica


1.       Supressão de acentos em palavras graves

a)       Formas verbais como crêem, dêem, lêem, vêem (dos verbos crer, dar, ler, ver) e do mesmo modo descrêem, desdêem, relêem, revêem (dos verbos descrer, desdar, reler, rever) passam a escrever-se sem o acento circunflexo.
(creem, deem, leem, veem, descreem, desdeem, releem, reveem)

b)       São eliminados alguns acentos que serviam para distinguir algumas  palavras homógrafas.
A lista abaixo apresenta os casos afetados por esta alteração.
pára (do v.  parar)             para
pêlo (nome)                 pelo
pêra (nome)                 pera
pêro (nome)                 pero
 péla (nome)               pela
pólo (nome)                 polo
(Mantêm-se os acentos nas formas verbais pôde e pôr.)

c)       São eliminados os acentos das palavras graves que têm como sílaba tónica o ditongo oi.
asteroide / heroico/ jiboia/ joia




O uso das maiúsculas e das minúsculas


1.     Usas a letra maiúscula nas seguintes situações:

a)     nomes próprios (pessoas, locais, periódicos).  Ex. : José Saramago, Porto, Jornal de Notícias
b)     nomes de festividades. Ex. : Natal
c)     pontos cardeais, quando designam uma determinada região.  Ex. : O Norte (região norte)
d)     siglas e acrónimos. Ex.: RTP, ONU, AMI
e)     no início de uma frase. Ex.: O João mora em Lisboa.

2.     Usas a letra minúscula nas seguintes situações:

               a)    nomes de  dias da semana,  meses e estações do ano. Ex.: segunda-feira, junho, inverno
               b)    termos fulano, sicrano, beltrano.
               c)    pontos cardeais e colaterais, mas não nas abreviaturas dos mesmos. Ex.: norte  (N)
               d)    formas de tratamento. Ex.: senhor doutor Manuel 

3.     Podes optar por usar letra maiúscula ou minúscula em:

               a)    títulos dos livros (sempre com a primeira letra e os nomes próprios em maiúscula). Ex. : As pupilas do senhor reitor ou As Pupilas do Senhor Reitor
               b)    nomes das áreas do saber, disciplinas e cursos. Ex.: português ou Português; matemática ou Matemática
               d)    títulos dos santos. Ex.: santo António ou Santo António
               e)    nomes de vias públicas, lugares públicos ou edifícios. Ex.: rua da Liberdade ou Rua da Liberdade, Torre de Belém ou torre de Belém




O uso do hífen


1.      Usas o hífen:
a)      nas palavras compostas (sem elementos de ligação) que constituem uma unidade de sentido. Ex.: primeiro-ministro, decreto-lei, guarda-noturno, norte-americano azul-claro, médico-cirurgião, segunda-feira, guarda-chuva
Exceções: madressilva, paraquedista, pontapé
b)      nas palavras compostas relativas a espécies de plantas ou animais. Ex: couve-flor, erva-doce, formiga-branca
c)      nas palavras compostas com os advérbios bem e mal, quando o segundo elemento começa por vogal ou “h”. Ex.: mal-humorado, mal-afortunado, bem-aventurado
Exceções: o hífen usa-se em certas situações em que o advérbio surge ligado a um elemento iniciado por consoante. Ex.: bem-criado, bem-falante,
bem-comportado, bem-parecido, bem-vindo
d)      nas palavras compostas  com os elementos além, aquém, recém e sem. Ex.:
além-fronteira, recém-casado, aquém-mar, sem-vergonha
e)      com os prefixos ex-, vice-, pós-, pré- e pró. Ex.: ex-marido, vice-diretor,
pós-graduação, pré-história, pró-americano
f)       com os prefixos anti-, super-, micro-, semi-,  hiper-, e inter sempre que:
- a palavra   começa por “h”. Ex.: anti-higiénico, super-homem
- o prefixo termina na mesma letra com que se inicia o segundo elemento. Ex.: micro-ondas, semi-interno, hiper-resistente, inter-regional
g)      antes de estrangeirismos, nome próprios ou siglas. Ex.: .anti-bullying, anti-ONU, mini-GPS, anti-Salazar
h)      nos topónimos compostos iniciados pelos adjetivos grã e grão, por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por um artigo. Ex: Grã-Bretanha, Grão-Pará, Abre-Campo, Trás-os-Montes
Exceções: América do Sul, Cabo Verde, Castelo Branco
  
2.      Não usas o hífen:
a)      nas formas monossilábicas no presente do indicativo do verbo haver
(hei de, hás de, há de, hão de)
b)      quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por “r” ou “s”. Nestes casos deves duplicar a consoante. Ex.: minissaia, semirreta, contrarregra
c)      quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com uma vogal diferente. Ex.: autoavaliação, autoestrada, antiaéreo, extraescolar
d)     nas locuções (expressões constituídas por duas ou mais palavras). Ex.: fim de semana, sala de jantar, cor de vinho
Exceções: arco-da-velha, água-de-colónia, pé-de-meia, cor-de-rosa, mais-que-perfeito



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